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Weber, Bloch e Piazzolla


A Camerata Florianópolis, sob a regência do maestro Jeferson Della Rocca e solos do clarinetista André Ehrlich, volta ao palco do Teatro Ademir Rosa (CIC) para mais um espetáculo de sua Temporada 2017, num concerto de música erudita interpretando obras para orquestra de cordas de Piazzolla, Bloch e Weber. Num concerto eclético, onde mistura o romantismo de Weber, a música contemporânea escrita em estilo neo-clássico de Bloch e a fantástica obra com influencias do tango de Astor Piazzolla, a orquestra brindará o público com um concerto vibrante, cheio de energia e coloridos contrastantes. O concerto será viabilizado pelas empresas WOA Empreendimentos Imobiliários, Intelbras e Engie, através da Lei Rouanet e tem a produção de Maria Elita Pereira. Programa

Quinteto para Clarinete e Cordas em Si Bemol Maior, Op 34 - Allegro - Fantasia – Adagio ma non troppo, Menuetto - Rondo – Allegro giocoso Carl Maria von Weber Solista: Andre Ehrlich Concerto Grosso para Cordas e Piano Obbligato - Prelúdio - Canção triste - Pastorale e DançaRústica - Fuga Ernest Bloch As Quatro Estações Portenhas - Verão - Outono - Inverno - Primavera Portenha Astor Piazzolla

AS OBRAS

A reputação musical de Carl Maria von Weber (1786-1826) repousa quase inteiramente em suas operas famosas Die Freischutz e Oberon. A música de câmara, no entanto, compreende uma parte muito pequena de sua obra, dentre elas seu Quinteto para Clarinete. O principal motivo de Weber para escrever o Quinteto para Clarinete Op. 34, em Si bemol Maior, era sua amizade com o virtuoso clarinetista Heinrich Baermann. Weber trabalhou no quinteto por quarto anos, completando-o em 1815. Como prestigiado compositor de ópera, Weber não teve dificuldades em criar dramáticos efeitos operísticos em suas obras. Apesar deste trabalho exigir do clarinetista alta capacidade técnica, o compositor não deixou de dar à obra um grande valor musical e ela passou a ser uma das principais no repertório de todo clarinetista profissional.

Ernest Bloch é um compositor suíço, naturalizado americano de origem judia. Bloch afirmou em sua música a procura das raízes hebraicas, tanto na escolha dos assuntos como nas entonações das suas melodias. O Concerto Grosso n.1 para Cordas e Piano obbligato, escrito na forma neoclássica, chama a atenção não apenas belos temas e rica harmonização, mas também pela introdução do piano obbligato, formação pouco comum no repertório orquestral.

O que o compositor italiano Antonio Vivaldi (1678-1741), criador da célebre obra “As Quatro Estações” jamais suspeitaria é que sua genial habilidade descritiva, depois de três séculos de esquecimento, fosse influenciar um lugar e época tão distantes de sua Veneza do início do século XVIII quanto Buenos Aires da segunda metade do século XX. Se Vivaldi em suas Estações descreve uma realidade rural, onde a natureza predomina sobre o homem, Astor Piazzolla (1921-1992) retrata um cenário urbano, dominado pelo homem e seus conflitos. Emerge, entretanto, em ambas as obras uma mesma energia rítmica, expressa na alegria despreocupada das danças pastorais de uma e na sensualidade dramática dos compassos do tango de outra, conduzida e delineada pelas nuances das estações que se sucedem paralelamente na natureza e no espírito humano. É nas Quatro Estações Portenhas que as matizes mais peculiares do criador argentino, intimistas e ao mesmo tempo diretas, vão se apresentar por completo ao público: o clima de despedida e recolhimento do outono, a melancolia do inverno, a nostalgia dissipada com a chegada da primavera e a vibração do verão.

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